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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Projeto cultural “Se essa rua fosse minha... será lançado na Ribeira neste domingo



Assessoria de Imprensa /Semurb
O tradicional reduto histórico e boêmio de Natal, o bairro da Ribeira, recebe no próximo domingo (29)  o projeto cultural “Se essa rua fosse minha...”. Idealizado pela secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e pelo Grupo para Projetos Estruturantes da Ribeira e Entorno (Coopere), o evento vai movimentar o bairro com ações coletivas junto à comunidade. Entre elas, apresentações culturais, prática de caminhada, patinação, ciclismo, skatismo, minicircuito histórico, exposição de carros antigos e gastronomia dos foodtrucks.
O projeto-piloto busca fortalecer os vínculos com a Ribeira com a proposta de interditar ruas do bairro, um domingo por mês, para a promoção do lazer ao natalense. A primeira edição do “Se essa rua fosse minha...” será realizada numa das faixas da Av. Duque de Caixas, entre o Teatro Alberto Maranhão e a Av. Gustavo Cordeiro de Farias. O quadrilátero lateral do teatro será bloqueado para a passagem de carros, a partir das 15h até às 21h.
Outras ações previstas são apresentações artísticas e culturais, serviços de saúde, oficinas de beleza da Mary Kay, feirinha de artesanato, corte de cabelo masculino, avaliação física (massa e estatura corporal), ginástica laboral, aulas de zumba e outros ritmos. Além disso, a equipe de técnicos da Semurb vai estar no local com um canal de comunicação, onde a população será ouvida com sugestões visando o processo de reabilitação do bairro.
De acordo com a secretaria adjunta de Planejamento da Semurb, Floresia Pessoa, a ideia do “Se essa rua fosse minha...” é dar visibilidade à Ribeira, despertando novamente nos natalenses o sentimento de pertencimento, e assim fortalecer os vínculos com o bairro e sua história. “Esperamos que a população natalense se identifique com o projeto, que busca essa reaproximação com a história da cidade, resgatando suas raízes”, diz.
Participam do projeto as secretarias municipais de Habitação (Seharpe), de Saúde (SMS), de Mobilidade Urbana (STTU), de Serviços Urbanos (Semsur), de Assistência Social (Semtas), de Administração (Semad), de Turismo (Setur), de Governo (SMG). Além da Companhia de Serviços urbanos de Natal (Urbana), Fundação Cultural capitania das Artes (Funcarte) e Guarda Municipal. E apoiam a realização do projeto o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-RN), Associação Comercial, Clube de Carros Antigos do RN, Núcleo de Avaliação Física (NARF) da UnP, Sindicato da Indústrias da Construção Civil do RN (SINDUSCON) e Grupo Reviver.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Escola Municipal Antônio Campos representa o RN no Prêmio Gestão Escolar



 
A Escola Municipal Professor Antônio Campos está em festa. A unidade de ensino localizada na Rua João XXIII, 1821, no bairro de Mãe Luíza é a representante do Rio Grande do Norte, no Prêmio Gestão Escolar 2015. O prêmio concedido pelo Ministério da Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A premiação acontece desde 2005. A solenidade de entrega vai acontecer em Brasília no próximo dia 03 de dezembro.

A unidade de ensino foi criada em 15 de junho de 1990, por meio do Decreto nº 4146 da Prefeitura de Natal, atendendo hoje 349 alunos, com idades entre seis e 10 anos, distribuídos por 12 turmas em dois turnos (matutino e vespertino), do 1º ao 5º ano. Para manter em atividade, a escola conta com uma equipe de 18 professores, sendo que três atuam na sala de leitura, dois coordenadores pedagógicos, 17 funcionários e dois gestores (administrativo e pedagógico). A Escola Municipal Professor Antônio Campos é detentora do maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) das escolas públicas de todo o Rio Grande do Norte, com uma média conquistada de 6,2.
 Para a diretora pedagógica, Raquel Marinho de Menezes, o prêmio é o resultado de 25 anos de trabalho que é realizado de maneira continuada na unidade. “Esse prêmio não é dessa gestão. Esse é um prêmio de todas as gestões que passaram por essa escola. Construímos esse prêmio ao longo do tempo. Aqui existe uma continuidade”, destaca.


Raquel Menezes lembra que desde o início a unidade é reconhecida pela organização pedagógica, financeira e administrativa. “Aqui existe apoio ao trabalho da coordenação pedagógica. Consideramos que o aluno pertence à escola. Do diretor ao porteiro, consideramos que o problema desse aluno, não é só do professor dele. É um problema de toda escola”, enfatiza.

 Quem também pensa e compartilha dessa ideia, é a professora Daniella Soares dos Reis Barbosa. Ela leciona na escola desde 2011 e durante 12 anos, foi moradora do bairro de Mãe Luíza, conhecendo assim, a realidade da comunidade escolar. A professora também é mãe de duas alunas da escola.
 Responsável pelas turmas do 1º ano do Ensino Fundamental – a professora atua em dois turnos – Daniella acredita que realiza um trabalho essencial para que ocorra uma continuidade no processo de aprendizagem. “O trabalho que desenvolvo é a base dessa continuidade. Conseguimos concluir o ano letivo com mais de 90% dos alunos do 1º ano alfabetizados”, destaca.

 A professora também é a atual presidente do Conselho Escolar e destaca a preocupação de sempre buscar uma ferramenta ou solução para auxiliar o aluno, que por algum motivo não consegue acompanhar o ritmo de aprendizagem da turma.  

 Aos oito anos e matriculada no 3º ano do Ensino Fundamental, Isabella dos Reis Barbosa, filha da professora Daniella, fala um pouco da rotina que vivencia na escola. “A gente chega e já tem uma rotina. Ficamos na fila e a diretora chama um professor com um livro para dois alunos fazerem uma leitura. Tem uma oração e temos uma conversinha. Depois todos vão para a sala de aula”. Isabella também conta que gostou de ser aluna da mãe, mas que também aprende muito com todos os outros professores. Hoje, a irmã Isadora dos Reis Barbosa, de seis anos, é quem estuda com a mãe-professora Daniella.

 Morador do bairro, Kauan de Souza Maciel, de 11 anos, está matriculado no 5º ano do Ensino Fundamental. Ele fala que além das atividades em sala de aula, um dos melhores momentos do dia, é quando estão na biblioteca da escola, e podem escolher um livro qualquer para ler. “Gosto de ir para a biblioteca da escola. Lá tem muito livro e eu sempre pego um para ler”, disse.

 Dona Gilsilene Martins é merendeira na escola há dois anos, e disse que desde o primeiro momento, percebeu que todos os funcionários e professores da escola trabalham com amor. “Aqui todos se ajudam. Eu faço minha parte e capricho quando vou fazer a merenda dos alunos. Eles gostam muito da sopa e do cuscuz com leite que eu faço”, disse.

 Um dos fatores importantes nesse processo de construção de uma qualidade no ensino é apontado pela diretora do Departamento de Gestão Escolar da Secretaria Municipal de Educação de Natal, Luciene Urbano. “Na Escola Municipal Antônio Campos, a comunidade está completamente envolvida com o cotidiano da unidade de ensino. O trabalho de incentivo à leitura que existe é muito fortalecido”, pontua.

 Para a Secretaria Municipal de Educação de Natal, a professora Justina Iva de Araújo Silva, a Escola Municipal Professor Antônio Campos, tem um modelo de gestão que precisa ser divulgado e reconhecido. “É uma escola com um modelo de gestão muito bem sucedido. Ao longo dos anos, os gestores que passaram por lá, tiveram a preocupação de formar sucessores comprometidos”, lembrando que hoje, ex-gestores permanecem atuando na escola, e alguns que já se aposentaram, voltam como voluntários da escola.

 A professora Justina Iva destaca ainda que, além da Escola Municipal Antônio Campos, a professora de Geografia, Ana Beatriz Câmara Maciel, da Escola Municipal Professora Terezinha Paulino, localizada na Zona Norte de Natal, foi classificada em 1º lugar, na categoria 6º ao 9º do Ensino Fundamental, em âmbito estadual no Prêmio Professores do Brasil.

 “Este tipo de premiação é importante, para que se perceba que existe o novo na rede municipal e que o trabalho realizado aqui é dinâmico, e revela claramente que nossa rede tem muitos avanços”, pontua.

 Formada em Geografia, a professora Ana Beatriz atua na rede municipal há cinco anos. O projeto inscrito no Prêmio Professores do Brasil, e desenvolvido pela educadora na Escola Municipal Professora Terezinha Paulino, se trata de uma publicação denominada “Revista Geográfica TP”, em uma alusão ao nome da escola.

 De acordo com a professora, os alunos trabalham conteúdos de geografia dentro de uma temática discutida em sala de aula, apresentam seminários e a partir de então, executam a construção da revista, ocupando funções de repórteres, editores, fotógrafos. O trabalho tem a contribuição dos professores de Português e Ciências.

“Eu fico muito feliz. Esse reconhecimento é a certeza que estou fazendo meu papel de educadora”, destacando a gratidão dos pais e da comunidade escolar ao trabalho que ela desenvolve.


PRÊMIO GESTÃO ESCOLAR   

O Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) acredita no fortalecimento e na qualificação das equipes gestoras nas escolas públicas como estratégias essenciais para a melhoria da qualidade de ensino. Essa crença se materializa no Prêmio Gestão Escolar, uma das iniciativas do Consed que vem se constituindo em um instrumento de mobilização das escolas para focar o olhar da comunidade nos diferentes processos envolvidos na gestão escolar.
Concebido em 1998 e desde a primeira premiação, em 1999, o Prêmio Gestão Escolar vem ganhando reconhecimento da comunidade educacional brasileira. Ao longo de sua trajetória, aproximadamente 34 mil escolas de todas as regiões do país participaram do Prêmio. A partir de 2014, o PGE passou a ser uma premiação bianual. Nos anos ímpares concentram-se o processo seletivo das escolas e a premiação, enquanto que, nos anos pares são promovidas ações de formação para os gestores inscritos no ano anterior com o PGE.
PRÊMIO PROFESSORES DO BRASIL

O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação que, por meio da Secretaria de Educação Básica juntamente com as organizações parceiras, está na 9ª edição.
A meta é reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula. Todos os professores de escolas públicas da educação básica podem se inscrever enviando um relato do trabalho desenvolvido com uma turma de alunos.
Sabemos que registrar uma experiência, um processo vivido ou mesmo uma conversa entre alunos e professores é uma forma de sistematizar o conhecimento do professor. Assim, além de participar do processo de premiação, os professores desenvolvem um exercício de reflexão sobre a própria prática o que garante o aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem.
 Fotos: Adrovando Claro





quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Condenação de homem pelo assassinato da ex-mulher é considerada exemplar


A titular da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (Semul), Aparecida França, considerou a condenação a 16 anos de prisão de Marcos Antônio Izaias de Macedo pelo assassinato de sua ex-mulher Alexsandra Moreira da Silva (32), uma vitória na batalha pelo fim da violência contra a mulher. O Júri Popular aconteceu na segunda-feira (23). Segundo Aparecida, a atuação dos promotores Hindemburgo Nogueira e Érica Canuto foi determinante para que o assassino recebesse a pena máxima. “Os argumentos seguros e sensíveis da promotora foram decisivos para que os jurados acatassem o pedido de pena máxima, com o homicídio triplamente qualificado. Foi feita Justiça para reparar uma grande injustiça”, analisa.

Durante a fala da acusação, a promotora Érica Canuto, que também é coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NAMVID), destacou que a atitude machista e dominadora como a que o réu detinha, é o grande motivador de crimes contra a mulher, simplesmente pelo fato de ser mulher”, argumenta Érica. Segundo a promotora, o caso é claramente um feminicídio, porém não foi julgado como tal por ter acontecido em dezembro de 2014 e a lei que criou esse tipo penal só entrou em vigor em abril de 2015.

De acordo com os autos, Alexsandra era frequentemente agredida pelo então marido durante todo o relacionamento, que começou quando a vítima tinha 13 anos. Depois que denunciou Marcos Antônio, as ameaças e agressões se agravaram e, por segurança, ela foi acolhida na Casa Abrigo Clara Camarão da SEMUL. Lá, ela recebeu acompanhamento psicológico, social e jurídico e, ao sair do abrigo, possuía medida protetiva contra o ex-marido, que continuava ameaçando a ex-mulher.

Na ocasião, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher foi informado pela assessora jurídica da Casa Abrigo, Luciana Lopes, que solicitou a prisão de Marcos, porém o juiz entendeu que não era o caso de prisão, e sim, de uma advertência. Marcos, assim, continuou descumprindo a medida protetiva de Alexsandra. Novamente, a advogada pediu a prisão de Marcos. Acreditando que o pedido de prisão significava alguma garantia para sua segurança, Alexandra pediu para sair do abrigo e voltou para a casa da mãe.

Alexsandra Moreira da Silva foi morta a facadas dentro de um ônibus quando estava indo para o trabalho, no dia 18 de dezembro de 2014. O acusado pediu parada no bairro de Felipe Camarão e ao entrar, atacou a ex-mulher. Alexsandra faleceu a caminho do hospital.

O réu estava detido na Cadeia Pública de Natal desde o homicídio. Ele foi condenado pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, utilização de meio cruel, e meio que dificultou a defesa da vítima.

O caso de Alexsandra ficou marcado como um exemplo para a necessidade de fortalecimento da rede de proteção às mulheres em situação de risco. Para Aparecida França, é fundamental o entendimento das autoridades para a garantia desta proteção legal de todas as formas, para evitar que mais mulheres sejam mortas por seus companheiros e ex-companheiros, como foi o caso de Alexsandra.