O setor que atua como
linha de frente no monitoramento e combate às arboviroses em Natal é o Núcleo
de Entomologia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que funciona no Centro
de Controle de Zoonoses (CCZ), no bairro de Morro Branco. Atualmente, o Núcleo
possui duas estratégias principais de combate e monitoramento às arboviroses:
as Ovitrampas e as Estações
Disseminadoras de Larvicida, conhecidas como armadilhas disseminadoras.
As Ovitrampas fazem parte de
uma estratégia de monitoramento, na qual os agentes de combate às endemias
coletam e analisam os ovos que são postos nos recipientes. Por isso, a
frequência do contato dos agentes com as armadilhas postas em campo é muito
maior, uma vez que os dados coletados são essenciais para análise da situação vetorial
de cada local.
Já as armadilhas
disseminadoras funcionam de forma diferente. Elas são uma forma de combate
direto ao mosquito, e sua instalação na cidade de Natal foi feita após a
realização de uma capacitação ministrada pela pesquisadora da Fundação Oswaldo
Cruz, Elvira Zamora Perea.
As Estações
Disseminadoras de Larvicidas são confeccionadas utilizando um recipiente de
plástico, um pedaço de pano, água e 5g do pesticida Pyriproxyfen. O pesticida,
originalmente em pó, é diluído em água até formar uma massa que possa ser
distribuída com um pincel. O intuito é que o mosquito, ao entrar em contato com
a armadilha, fique com o produto nas patas, levando-o então para outros
criadouros.
O larvicida atua
sobre aqueles ovos postos ali, que mesmo se transformando em lava e chegando à
fase da pupa, nunca se transformam em mosquitos adultos. Além de impedir o
surgimento de novos mosquitos, o Pyriproxyfen também afeta o
mosquito adulto, diminuindo sua capacidade de pôr ovos e fazendo com que, mesmo
quando ele consegue, 80% desses ovos não se transformem em lavas.
A aplicação das
Estações Disseminadoras de Larvicida faz parte de um projeto em parceria com a
Fundação Oswaldo Cruz e terá a duração de dois anos.
Se bem-sucedido, como já foi em
outras localidades do país e da América do Sul, o resultado do projeto
contribuirá para que a estratégia seja adotada como oficial pelo Ministério da
Saúde.
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