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terça-feira, 20 de março de 2018

Natal possui estratégias pioneiras em monitoramento e combate ao Aedes aegypti


  
O setor que atua como linha de frente no monitoramento e combate às arboviroses em Natal é o Núcleo de Entomologia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que funciona no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), no bairro de Morro Branco. Atualmente, o Núcleo possui duas estratégias principais de combate e monitoramento às arboviroses: as Ovitrampas e as Estações Disseminadoras de Larvicida, conhecidas como armadilhas disseminadoras.  

As Ovitrampas fazem parte de uma estratégia de monitoramento, na qual os agentes de combate às endemias coletam e analisam os ovos que são postos nos recipientes. Por isso, a frequência do contato dos agentes com as armadilhas postas em campo é muito maior, uma vez que os dados coletados são essenciais para análise da situação vetorial de cada local. 

Já as armadilhas disseminadoras funcionam de forma diferente. Elas são uma forma de combate direto ao mosquito, e sua instalação na cidade de Natal foi feita após a realização de uma capacitação ministrada pela pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Elvira Zamora Perea 

As Estações Disseminadoras de Larvicidas são confeccionadas utilizando um recipiente de plástico, um pedaço de pano, água e 5g do pesticida Pyriproxyfen. O pesticida, originalmente em pó, é diluído em água até formar uma massa que possa ser distribuída com um pincel. O intuito é que o mosquito, ao entrar em contato com a armadilha, fique com o produto nas patas, levando-o então para outros criadouros. 

O larvicida atua sobre aqueles ovos postos ali, que mesmo se transformando em lava e chegando à fase da pupa, nunca se transformam em mosquitos adultos. Além de impedir o surgimento de novos mosquitos, o Pyriproxyfen também afeta o mosquito adulto, diminuindo sua capacidade de pôr ovos e fazendo com que, mesmo quando ele consegue, 80% desses ovos não se transformem em lavas.  

A aplicação das Estações Disseminadoras de Larvicida faz parte de um projeto em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e terá a duração de dois anos. Se bem-sucedido, como já foi em outras localidades do país e da América do Sul, o resultado do projeto contribuirá para que a estratégia seja adotada como oficial pelo Ministério da Saúde. 


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