Começa na semana que vem as obras de reestruturação da orla marítima de Natal. O primeiro ponto a ser reurbanizado é a Praia dos Artistas e logo depois vem as do Meio e do Forte. Ponta Negra também será contemplada, mas o serviço só deve começar em novembro, já que, no momento, ocorre as obras de enrocamento no calçadão, previstas para terminar dia 31 de outubro. Ontem, a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) definiu que essa etapa fica pronta no final deste mês.
“Queremos começar já na próxima semana. Estamos trabalhando junto à Ramalho Moreira, que venceu a licitação, para cumprir esse prazo”, declarou o titular da Semopi, Thomaz Neto. No total, o valor da obra será de mais de R$ 14 milhões, sendo R$ 800 mil de contrapartida Municipal. O resto dos recursos virá do Ministério do Turismo.
A revitalização prevê a reestruturação e adequação do passeio público, a construção de ciclovias, substituição de luminárias, piso, reforma dos quiosques já disponíveis nos locais, urbanização e paisagismo, além da instalação de banheiros e outros equipamentos comunitários. A extensão total que compreende os dois trechos escolhidos pelo projeto é de aproximadamente oito quilômetros, de acordo com o estudo da Semopi.
“Em Ponta Negra, serão 29 quiosques, cinco baterias de banheiros, abrigos de salva-vidas e bombeiros, espaço para artesanato, bancos, lixeiras, orelhões, dois decks com mirante. As praias do Centro vão receber equipamento parecido, com 18 quiosques diferenciados, da Praia dos Artistas até a do Forte”, afirmou Thomaz Neto.
As obras do enrocamento em Ponta Negra ainda seguem a passos lentos. Isso porque a equipe da empresa Collier, que executa a obra, depende a ação do mar. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitou o local e constatou que parte da obra seguia parada. “Eles trabalham, mas com a maré cheia não dá pra trabalhar. Eles esperam ela recuar pra voltar”, relatou o comerciante Edmilson Ramos, 38, que tem um ponto em frente onde, ontem à tarde, uma das retroescavadeiras usadas na obra estava parada, sem condições de se deslocar devido à água.
Mais ao norte, próximo ao quiosque 25, uma pequena equipe da empresa seguia o serviço de enrocamento, que é a implantação de uma barreira de pedras para conter o avanço do mar sobre o calçadão. Essa etapa atrasou devido a um atraso no repasse dos recursos por parte do Ministério da Integração. Segundo Neto, o problema foi resolvido.
Porém, ele disse que houve uma mudança no projeto inicial e o enrocamento vai sofrer uma expansão. “Haverá um aporte de recursos complementares de 20% do valor total da obra [avaliada em R$ 5,8 milhões]”, explicou. A equipe técnica da Semopi e da empresa responsável pelo serviço detectou a necessidade de ampliar o projeto até o final do calçadão devido a um risco de desabamento na altura das escadarias próximas à Avenida Roberto Freire.
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