Fotografia, teatro, artes visuais, música, audiovisual e patrimônio imaterial foram as linguagens contempladas na versão 2013 do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura – FIC. O resultado, publicado no Diário Oficial do Município ainda no mês de dezembro, traz uma lista eclética de projetos que irão movimentar culturalmente a cidade ao longo de 2014 sem a famigerada necessidade de captar recursos. Com foco voltado para formação e qualificação profissional, o FIC 2013 injetará cerca de R$ 400 mil no circuito.
aldair dantasFundo Municipal de Cultura injetará R$ 400 mil no circuito artístico da cidade, ao longo de 2014
Os recursos estão garantidos no orçamento da Prefeitura e os trâmites de pagamento, para felicidade geral dos proponentes selecionados, se encontram bem encaminhados. “Próxima semana o Conselho Municipal de Cultura volta do recesso e dá seguimento a esse processo”, garantiu Josenilton Tavares, consultor de projetos da Fundação Capitania das Artes. “O pagamento depende agora apenas da demanda de prioridades do Conselho irá adotar neste início de ano”, acrescentou.
Apesar de atuar em sintonia com a Funcarte, o Conselho Municipal de Cultura é uma comissão independente formada por representantes do poder público e por pessoas eleitas pela sociedade civil (leia-se representes da classe artística).
Questionado sobre o calote da gestão municipal anterior frente a quitação do FIC 2012, cujos projetos também passaram por seleção pública e o resultado foi igualmente anunciado nas páginas do DOM, Tavares é taxativo: “Os proponentes contemplados anteriormente terão que procurar a Justiça para receber o dinheiro do incentivo”, informou. “Essa foi a recomendação dada pelo Ministério Público”, acrescentou Josenilton, ex-Conselheiro de Cultura e atual membro da comissão normativa do Programa (Lei) Djalma Maranhão.
Desdobramentos
Na área de artes cênicas, onde o teatro se encaixa, o Conselho definiu como pontos positivos projetos que irão investir na formação de técnicos, figurinistas, designers, cenógrafos e aderecistas. Já as artes visuais, que inclui a fotografia, destaca a capacitação de fotógrafos amadores para o uso da fotografia como ferramenta de expressão artística, criação de painéis e murais para valorização de espaços urbanos públicos e realização de exposições.
O segmento audiovisual priorizou propostas que envolvem qualificação de vídeomakers, produtores, roteiristas, técnicos e diretores para a produção de microfilmes em câmeras e aparelhos de telefonia móvel. Na área de música, foco em projetos de fomento e manifestações públicas. Enquanto propostas ligadas ao patrimônio imaterial, que visam o fortalecimento de ações de grupos folclóricos tradicionais da cidade, tiveram alguma vantagem.
Aprovados
Veja projetos contemplados com recursos do Fundo de Cultura
“Lugar de lixo é no lixo”, de Luiz Antônio Dias Borges - R$ 30 mil
<“Sambalelê – oficina de figurinos e adereços de Carnaval”, de Carlos Alberto de Oliveira - R$ 26.834,50
<“Serestas ao Luar”, de Mary Stella da Costa Bezerril - R$ 30 mil
<“Chico Cobra e Lazarino”, de Wecsley da Cunha– R$ 30 mil
<“Aviva social”, de Luiz Felipe Ferreira da Rocha – R$ 30 mil
<“Construindo novos olhares: quando a imagem fala e representa”, de Pablo Pinheiro – R$ 29.994,24
<“Capacitação Audiovisual em Mãe Luíza”, de Diana Xavier Coelho – R$ 27.894,42
<“Zoon Galeria Móvel”, de Galeria Zoon de Fotografia – R$ 30 mil
<“Grupo de Idosos Maria Alves da Costa – Boi de Reis do Bom Pastor”, de Cassiano Pontes da Silva – R$ 30 mil
<“O Samba da minha terra – Centenário de Dorival Caymmi”, de Severino dos Ramos Duarte – R$ 30 mil
<“Cores do Nosso Samba – Roda de Samba” - Green Point Assessoria Ltda – R$ 30 mil
<“Espetáculo Bordeline”, de José Barbosa Neto – R$ 29.387,42
<“Itajubá – Memorial & Espaço Cultural”, de José Antônio Martins Neto - R$ 29.960,00
<“Pensando Música – Palestras e Debates sobre a música potiguar”, de Anderson Cleiton Risuenho de Freitas - R$ 18.024,42
Nenhum comentário:
Postar um comentário