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domingo, 12 de novembro de 2017

Flin encerra programação ao som da cultura popular

Fotos Marco Polo
O último dia do Festival Literário de Natal, neste sábado (11) realizado na Ribeira, teve grande programação, tanto na parte literária, como no audiovisual. Na Tenda dos Autores, o público pode conferir duas das principais mesas do evento, uma com dançarino e músico pernambucano Antônio Nóbrega, em torno da Cultura Popular, e a outra que homenageou o cartunista Henfil, com a presença de seu filho Ivan Cosenza, produtor cultural e presidente do Instituto Henfil, ao lado de Jaguar e de outros nomes da charge brasileira. O show de encerramento foi de Antônio Nóbrega, “Um recital para Ariano Suassuna”, com composições do Movimento Armorial.

 Com vasta programação durante todo o dia, o sábado contou a presença de bom público que foi conferir desde as mesas e bate-papos com autores e também realizadores do audiovisual, dentro da programação do Cine Sol. Na Tenda Moacy Cirne, teve o lançamento do longa-metragem “Chapéu Estrelado”, de Silvio Coutinho e logo após o jornalista Valério Andrade, realizador do Festival de Cinema de Natal, foi homenageado pelo prefeito Carlos Eduardo, pelos 30 anos do FestNatal.


“Nós homenageamos você e sua dedicação ao cinema. Há 30 anos participei do primeiro festival, no centro de convenções, momento importante, e onde nasceu toda essa história. Muitas vezes esse festival sobreviveu por causa de sua luta e compromissos com cinema. Agora, Natal está vivendo a sua maior festa cultural, o Natal em Natal, com várias vertentes culturais contempladas e idealizamos esse espaço para homenagear, você Valério, e abrir espaço para o audiovisual”, afirmou o prefeito Carlo Eduardo. Valério Andrade agradeceu e disse se sentir honrado pela Prefeitura dar continuidade à ideia do FestNatal, com vasta programação voltada para o audiovisual dentro do Natal em Natal.


O prefeito também acompanhou as mesas realizadas na Tenda dos Autores, iniciando com a participação de Antônio Nóbrega, na mesa “Políticas Públicas para a Cultura Popular”, onde dividiu o espaço com o antropólogo e professor da UFRN, Luiz Assunção e abordaram a questão do pouco conhecimento que há sobre a cultura popular no Brasil, os dilemas dos estudiosos atuais sobre a sua essência e a modernidade e a necessidade de se ampliar o conhecimento como forma de identidade.


A segunda mesa da noite, “O Rebelde do Traço e Outros Traços”, teve o tema central em torno do cartunista Henfil (1944 - 1988), um dos maiores do Brasil, que se popularizou com a publicação de tirinhas de humor crítico em pleno período da ditadura no Brasil. Na mesa, esteve presente seu filho, Ivan Cosenza, presidente do Instituto Henfil; além dos cartunistas Jaguar, que conviveu com Henfil, o potiguar Cláudio Oliveira que teve o aprendizado com o homenageado durante os dois anos em que morou em Natal e conquistou uma legião de admiradores, e o desenhista carioca André Dahmer, autor das tiras dos Malvados. O bate-papo foi intermediado pelo jornalista Woden Madruga. Cláudio Oliveira resumiu a homenagem do Flin a Henfil como uma homenagem ao estado democrático de direito, lembrando que seu trabalho sempre foi voltado para este fim.

A última mesa da noite e do evento foi “Xica da Silva, a cinderela negra”, com a escritora Ana Miranda, autora de romances históricos e biografias, e Marlui Miranda, música e compositora, com a intermediação da jornalista e pesquisadora Ângela Almeida.

 Flin encerra programação ao som da cultura popular




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