A pesquisadora Elvira Zamora Perea
ministrou nesta quinta-feira (16), em parceria com a Prefeitura Municipal do
Natal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, duas sessões de
capacitação para agentes de combate às endemias. O objetivo da capacitação foi ensinar aos agentes como
realizar a confecção e instalação de um novo sistema de combate ao
mosquito Aedes aegypti.
As Estações Disseminadoras de
Larvicidas são confeccionadas utilizando um recipiente de plástico, um pedaço
de pano, água e 5g do pesticida Pyriproxyfen. O pesticida, originalmente
em pó, é diluído em água até formar uma massa que possa ser distribuída com um
pincel. Depois disso, esta massa é espalhada de forma homogênea sobre o pano,
que está preso ao redor do recipiente com água. O intuito é que o mosquito, ao
pousar no pano, fique com o produto nas patas, levando-o então para os
criadouros.
O produto age sobre as larvas, que
mesmo chegando à fase de pupa, não se transformam em mosquitos adultos capazes
de se reproduzir. Além disso, o Pyriproxyfen também afeta o mosquito já
completamente desenvolvido, diminuindo sua capacidade de pôr ovos e fazendo com
que, dos que são postos, 80% não chegue a se transformar em larva.
O Pyriproxyfen já foi usado, com
sucesso, no Peru. A partir desta experiência que os pesquisadores da Fundação
Oswaldo Cruz de Manaus resolveram desenvolver este sistema para ser implementado
no Brasil. Inicialmente utilizado no Bairro de
Tancredo Neves, na capital do Amazonas, o sistema se mostrou efetivo. Após este
primeiro momento, as Estações Disseminadoras de Larvicidas foram instaladas na
cidade de Manacapuru, onde foram igualmente bem-sucedidas.
Em Natal, este projeto é uma parceria
da Secretaria Municipal de Saúde com a Fundação Oswaldo Cruz. Começa neste dia
17, sexta-feira, a instalação 3. 164 copos
disseminadores em diversos pontos da cidade, com foco em locais como escolas e unidades de saúde.
Elvira Zamora
destaca a importância da participação popular na manutenção deste sistema. “É
preciso manter os copos sempre em locais cobertos e sem sol”, recomenda a
pesquisadora. O projeto terá a duração de 2 anos, com visitas e manutenções
mensais.
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